SINONÍMIAS
Cana Violeta; Cana da Violeta; Cana Rajada; Cana Brasileira.
DESCRIÇÃO
Planta anual de porte semi-erecto, com altura média de 1,92 m, desde a base da haste até à altura da folha. Colmo desprovido de folhas, com altura média de 52,5 cm. A soca apresenta, em média, cerca de 20 refilos, que se desenvolvem a partir do rizoma subterrâneo. A região do colmo junto da inserção radicular possui cor roxa e verde. Colmo de tamanho médio, segmentado em nós e entrenós. Entrenó com secção redonda, possui
um formato conoidal, com um fraco alinhamento em zigue-zague. Entrenó de aparência lisa, com serosidade média. Diâmetro médio do entrenó de 3 cm. Comprimento médio do entrenó de 9 cm. Anel ceroso, com espessura média. A profundidade da fenda de crescimento do entrenó é superficial. A gema possui uma forma triangular pontiaguda, com uma largura média de 12,18 mm. Densidade da folhagem é média. A folha possui cor verde, pubescência média na margem, e comprimento médio de 36,0 cm. Limbo da folha, com largura média de 4 cm. Nervura principal, com largura de 5,3 mm. Bainha de cor verde ou violeta, com fraca aderência ao caule (haste). Panícula piramidal.
DESCRIÇÃO DA VARIEDADE
- Colmo: Desprovido de folhas, com altura média de 52,5 cm. Colmo segmentado em nós e entrenós.
- Porte: Semi-erecto
- Altura: 1,92 m desde a base da haste até à altura da folha.
- Refilos: A soca apresenta em média de 20 refilos, que se desenvolvem a partir do rizoma subterrâneo.
- Zona radicular: Possui cor roxa e verde, sendo de tamanho médio.
- Entrenó: Com secção redonda, possui um formato conoidal, com um fraco alinhamento em zigzag. Entrenó de aparência lisa com serosidade média. Diâmetro médio do entrenó de 3 cm. Comprimento médio do entrenó de 9 cm.
- Gema: Possui uma forma triangular pontiaguda, com uma largura média de 12,18 mm.
- Espessura do anel ceroso: Espessura média.
- Folha: Densidade da folhagem média. A folha de cor verde, pubescência média na margem, comprimento médio de 36,0 cm. Limbo da folha, com largura média de 4 cm. Nervura principal, com largura de 5,3 mm.
- Bainha: Cor verde ou violeta, com fraca aderência ao caule (haste).
- Panícula: Piramidal.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Calheta, Porto da Cruz, São Roque do Faial, Canhas e Santa Cruz
ESTÁGIOS FENOLÓGICOS
JAN
FEV
MAR
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ABR
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MAI
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JUN
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JUL
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AGO
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SET
OUT
NOV
DEZ
Plantação
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Afilhamento
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Maturação
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CARACTERÍSTICAS, VALOR E USOS
- Características: variedade rústica de cana sacarina; crescimento vigoroso; plantação é feita por propagação vegetativa, replantando novos rebentos. A amostra foi, originalmente, recolhida em 2021, no sítio das Preces, freguesia de Câmara de Lobos, fazendo parte da colecção de variedades de cana-de-açúcar, no campo experimental das Preces.
- Valor Histórico: variedade com história de cultivo provável, na Madeira, superior a 130 anos.
- Valor Agronómico: bem-adaptada às condições agroecológicas locais; boa aptidão para a agricultura tradicional.
- Valor Económico: mercados locais; utilizada pela indústria, para processamento e transformação industrial.
- Valor Nutricional: Boa qualidade de garapa.
- Utilização da Cultura: mantida em campo pelos agricultores locais.
- Usos: associada à indústria, sendo utilizada para transformação em mel-de-cana, rum ou açúcar. Tradições gastronómicas, como malassadas, suspiros, bolo de mel.
- Registo: variedade de conservação mantida em colecção, pelos serviços da Direcção Regional de Agricultura (DRA); registada e documentada pelo SDI do BG ISOPlexis.